terça-feira, 15 de junho de 2010

Amamentação prolongada: o desmame e a desforra.

Na Foto: Apaixonada mamãe e Saroca mamando na festinha de 1 aninho.

Ponderando sobre o que escreveria nesse monoto finalzinho de tarde pós jogo do Brasil lembrei de quando amamentava minha prole...

Vencidos os 6 meses de amamentação exclusiva, segui batalhando com o mundo. É difícil entender como o mundo se ofende com a amamentação: Pediatra, mãe, avó, desconhecidos. Tive apoio mesmo foi de minha sogra e do marido, mas enfim, o mais difícil tem sempre um gosto melhor!
Confesso que sempre foi muito cômodo, levar o tetê pendurado é muito mais fácil que carregar pote de leite, mamadeira, esterelizar, lavar, secar, esquentar. E depois, quando sobra? Lixo!

Pois sim, sempre foi muito mais cômodo sacar o tetê em qualquer lugar, acomodar no Sling e deixá-la mamar com privacidade, como uma boa mamífera e adepta a amamentação.

Doamos leite sim, a uti tocou meu coração em se tratando da doação de leite materno, foi simples e o leite era suficiente para estocar, doar e amamentar. Lógico que para isso tive o suporte de uma bomba de ordenha elétrica que valeu cada centavo gasto.

Enfrentamos empedramentos quando, após um ano, voltei ao trabalho, mas vencemos e nos adaptamos, ficaram a mamada da manhã, a depois do jantar e as mamadas noturnas que eram eternas. Já mal acordava, e nesse ponto preciso confessar também que a cama compartilhada me ajudou muito. Ela mamava e eu dormia.

Mamava assim, deitada, largada, enchia a barriguinha e quando satisfeita dava as costas para mim e continuava a dormir. De fato essas mamadas noturnas compensavam a minha falta do dia, e analisando agora acredito que me sentia menos culpada dessa forma.

Tiradas as mamadas do dia, diminuíram-se as mamadas da noite. Final de semana era comida zero!!!!! A mãe por perto sempre foi sinônimo de mama. E posso, por assim dizer que até hoje, com quase dois anos e desmamada há 5 meses, continuamos na mesma ladainha sempre que me vê ela quer leite, mesmo sendo na mamadeira. Bom, mas manhas a parte, voltemos ao desmame... foi gradual até que por fim, minha mãe achou por bem me desmamar. Ah Sim, porque a desmamada fui eu não Saroca.

Foi triste, foi infinito, doeu, chorei e até hoje sinto falta. Sinto saudade daquele olhar que era só meu, do momento em que somente eu podia suprir a necessidade daquela bebê. Mas aconteceu!


Para ela, foi simples. Alguns dias reclamando. A primeira semana foi mais complicada. A segunda ela só pedia ao me ver sem roupa, e logo esqueceu. E Passou! Assim como todas aquelas fases gostosas, que pareciam infinitas, acabou-se! Amamentei por 1 ano e 6 meses, amei cada segundo, cada madrugada, cada mamada.

Hoje, saudosa me orgulho de ter insistido, passamos ilesas a resfriados, invernos e tudo mais.

Ela foi prematura, mas tem a saúde de ferro, graças ao Senhor Jesus que me deu muito, muito e muito leite materno!!

Um comentário:

  1. Ainda ñ consigo pensar nisso, sobre amamentar... eu qro muito, mais qro que tudo seja uma surpresa para mim.. adoro ler esses relatos e acho q vc foi uma guerreira amamentar durante 1 e 6 meses meus parabéns.

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