quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Benefícios da Amamentação

Estudo confirma benefícios da amamentação exclusiva contra infecções

Bebês alimentados exclusivamente com o leite materno nos primeiros seis meses de vida - e que continuam sendo amamentados por alguns meses após esse período, mesmo com a inclusão de outros alimentos - têm menor risco de infecções respiratórias e gastrointestinais, segundo estudo que será publicado na edição de julho da revista médica Pediatrics. E, de acordo com os especialistas, seis meses de amamentação exclusiva é ainda melhor.

Avaliando mais de 4 mil mães, os pesquisadores observaram que apenas 1,4% dos bebês haviam sido alimentados exclusivamente pelo leite materno até os seis meses de idade. E esses bebês apresentavam, significativamente, menores riscos de infecções no trato respiratório inferior e superior e no trato gastrointestinal. Aqueles amamentados exclusivamente por quatro meses também apresentaram bons resultados nesse sentido, mas em menor escala.

“O aleitamento materno exclusivo até a idade de seis meses e parcialmente após esse período foi associado a uma significativa redução da morbidade respiratória e gastrointestinal em bebês”, escreveram os autores na publicação. De acordo com os especialistas esses resultados são muito importantes, visto que essas infecções são as principais causas de doenças nas crianças. E isso está em consonância com as recomendações da Organização Mundial da Saúde. “Nossas descobertas apoiam estratégias de políticas em saúde para promover a amamentação exclusiva por pelo menos quatro meses, mas, preferencialmente, por seis meses em países industrializados”, destacaram.

Fonte: Pediatrics. Edição prévia de julho de 2010.
 
Amamentação protege o bebê de problemas gastrointestinais, respiratórios e infecções de ouvido
Diversos estudos têm mostrado que a diarréia, as doenças respiratórias baixas e as infecções de ouvido acontecem com menos freqüência em bebês que mamam no peito; e, quando chegam a acontecer, essas doenças não são tão severas. A amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida é a responsável por essa proteção.

Pesquisadores descobriram que fatores de imunidade presentes no colostro (o primeiro leite que o corpo produz) protegem contra germes invasores através da formação de camadas protetoras nas membranas mucosas dos intestinos, nariz e garganta do bebê.

O principal fator de imunidade encontrado é o secretor IgA (imunoglobina A). Ele está presente em grande quantidade no colostro - por isso é tão importante amamentar logo que o bebê nasce -, mas é encontrado também em concentrações menores no leite maduro.

A amamentação materna também pode evitar que o bebê venha a desenvolver um caso de evacuação inflamatória no futuro. Pesquisas documentaram uma relação entre a falta de leite materno na infância e o desenvolvimento, no futuro, da doença de Crohn e da colite ulcerosa.

Menos riscos de alergias

Estudos descobriram que a amamentação exclusiva durante os primeiros seis meses (ou mais) de vida diminui as chances de a criança desenvolver alergias respiratórias e alergias ligadas à comida. Essa proteção, de acordo as com pesquisas, dura até a adolescência.
 
Crianças maiores que ainda mamam adoecem menos.
Amamentar o bebê depois dos 6 meses diminui 90% de ter pneumonia,pois o leite ajuda a criança desenvolver mais anticorpos para uma gripe não se tornar uma pneumonia.

Os fatores de imunidade do leite materno aumentam em concentração, à medida que o bebê cresce e mama menos. Portanto, crianças maiores continuam recebendo os benefícios da imunidade (Goldman et al, 1983).

Um estudo de Bangladesh demonstra, dramaticamente, os efeitos que essa imunidade pode ter. Nessas péssimas condições de vida, descobriu-se que crianças desmamadas entre o 18º e 36º mês de vida dobraram os riscos de morte (Briend et al, 1988). Este efeito foi atribuído especialmente aos fatores de imunidade, apesar de que, provavelmente a nutrição também foi muito importante.
 
Mães que amamentam por mais tempo também são beneficiadas


A amamentação ajuda na recuperação de peso pré gestacaional;

A amamentação prolongada pode diminuir a fertilidade e suprimir a ovulação em algumas mulheres

A amamentação reduz o risco de câncer de ovário (Schneider, 1987)

A amamentação reduz o risco de câncer de útero (Brock, 1989)

A amamentação reduz o risco de câncer de câncer de endométrio (Petterson, 1986)

A amamentação protege contra osteoporose. (Blaauw, 1994)

A amamentação reduz o risco de câncer de mama (McTieman, 1986; Layde, 1989; Newcomb, 1994; Freudenheim, 1994).

A amamentação tem demonstrado diminuir a necessidade de insulina da mãe diabética (Davies HA, British Med J, 1989).  
 
Por Juliana em 11/08/10 na G1F

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