segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

As voltas que a mente dá...

Desde muito cedo, lá pelos meus 7 ou 8 anos, eu decidi que teria uma menininha chamada Laura. Os motivos da escolha do nome foram, essencialmente, dois, que vou contar para vocês. Eu tenho uma tia, a qual costumava contar histórias para mim, quando eu estava com uns 3 anos, e as histórias, invariavelmente, tinham como personagem principal a menina “Laurinha” também de 3 anos, que fazia absolutamente tudo igual ao que eu fazia. A garota, nas histórias da minha tia, era uma peste. Mas eu, óbvio, adorava e me divertia com o meu alter ego. Quatro anos depois desta fase, fui apresentada a uma coleção de livros que, leitora voraz que já era, não consegui largar até completar a leitura do último livro. A coleção contava a saga de uma família colonizadora norte-americana, cuja personagem principal se chamava... Adivinhem? Laura Ingalls. Acompanhei avidamente o crescimento e a formação do caráter daquela menina independente, íntegra e firme em suas posições e ali decidi que teria uma filha e ela se chamaria Laura. Naquela época, nem me passava pela cabeça que poderia vir um menino! E, assim, os anos foram passando, a adolescência dando lugar à vida corrida, responsabilidades, faculdade, relacionamento, casamento, construção do lar, e os sonhos foram ficando para trás, esquecidos e renegados. Acabei desistindo de ter filhos, guardei todas essas histórias num lugar bem escondido da minha mente e segui em frente. Namorei 6 anos, casei, permaneci casada por uns 5 anos, sem mexer com essas emoções, até que, como acaba acontecendo com a grande maioria das mulheres, o relógio biológico começou a bater descontroladamente, diria mesmo que começou a gritar, e acabei mudando de idéia, reunindo a coragem necessária para ter um filho. As lembranças não vieram de imediato, e, devo confessar, nem fui eu quem sugeriu o nome Laura. Foi o pai quem o fez, sem saber de todas essas histórias. E isso só me deu mais certeza de que eu estava no caminho certo, de que toda a minha vida fora destinada a este momento, a ter uma filhinha conforme eu sonhava desde a infância, uma filhinha com os mesmos olhos grandes, firme, voluntariosa e independente, aberta e feliz com a vida, mesmo com todos os percalços. Como é bom vê-la, dançando sozinha nos bailes da vida, firme e segura de si, como só aqueles que sabem o que querem conseguem ser. E como é bom vê-la descobrir as coisas e crescer, para tornar-se a mulher que também ela está predestinada a ser, me enchendo de orgulho, como já o faz desde a tenra infância!

Um comentário:

  1. Linda!! Vcs são guerreiras!! Laurinha é vencedora desde o berço, ou incubadora rsrsrsr :) Amiga, adorei o Post!! De verdade!!! Olhe que em nossa história também temos duas razões para escolher o nome Sarah, a primeira tb vem da infância... lembra da princesa Sarah, do Cavalo de Fogo?? rsrsrsrs E a segunda vem da adolescência, quando conheci uma linda menina que era bailarina e se chamava Sarah.
    Ameii o post!!!! bjocasssssssss

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